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Secretário-Geral da CCILC, Bernardo Mendia, em entrevista com a Renascença

Secretário-Geral da CCILC, Bernardo Mendia, em entrevista com a Renascença
Publicado em 17 Abril, 2025
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Renascença perguntou a Bernardo Mendia, se a resistência da União Europeia não existirá, nomeadamente, por causa de uma alegada concorrência desleal: “Sim, tem havido muita resistência. Não é de agora, isto é muito antigo. Como se sabe, entre 2013 e 2020 foi negociado um acordo comercial, um acordo de investimento entre a União Europeia e a China para regular, para abrir mais o mercado chinês também ao investimento europeu. O que sucedeu foi que depois desse acordo ter sido negociado entre a Comissão Europeia e as autoridades chinesas, ele depois não foi ratificado pelo Parlamento Europeu”.

E o secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa remata: “esta é uma boa oportunidade para, finalmente, se assinar esse acordo”.

Há, contudo, um outro receio de Bruxelas: que a guerra das tarifas venha a inundar o mercado europeu de produtos chineses que deveriam ir para os EUA. Perante esta dúvida, colocada pela Renascença, Bernardo Mendia responde que “é precisamente esse o interesse do acordo comercial entre a União Europeia e a China”. Esses acordos, acrescenta, “servem precisamente para regular e para que a parceria comercial seja saudável para os dois lados”.

Já quanto à deslocação à China de António Costa e Ursula Von der Leyen, prevista para julho, o secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa é particularmente enfático: “É óbvio que essa viagem se prende com o facto de os EUA terem virado as costas à União Europeia com estas tarifas. E, portanto, a União Europeia não tem outra alternativa senão negociar com quem está disponível para negociar”.


In Renascença