Os investimentos dos residentes de Macau – incluindo indivíduos, governo e outras pessoas coletivas, mas excluindo as reservas cambiais da RAEM – em títulos emitidos por entidades não residentes independentes, calculados a preços de mercado a 31 de Dezembro de 2024, atingiram 1.204,3 mil milhões de patacas, refletindo uma subida anual de 14,3% e um aumento semestral de 2,7%, anunciou a Autoridade Monetária (AMCM).
Segundo a AMCM, os investimentos em títulos representativos de capital (incluindo fundos mútuos e “trusts”), obrigações a longo prazo e obrigações a curto prazo cifraram-se no final do ano passado em 316,5 mil milhões, 750,7 mil milhões e 137,1 mil milhões de patacas em valor de mercado, traduzindo acréscimos anuais de 11,2%, 8,2% e 81,7%.
A região asiática continua a absorver a maior fatia da carteira de investimentos externos dos residentes, com 46,4% do total, sendo a restante aplicada principalmente na América do Norte (19,6%), na Europa (15,9%), no Atlântico Norte e Caraíbas (14,4%) e na Oceânia (1,6%).
Os dados oficiais mostram ainda que o investimento nos títulos emitidos por entidades no Interior da China (incluindo listados em bolsas no exterior) continuou a ser predominante, representando 28,4% da carteira de investimentos externos aplicados pelos residentes da RAEM. O respetivo valor de mercado subiu 22,6% para 314,5 mil milhões de patacas, no espaço de um ano. Esses investimentos incluíram 59,5 mil milhões em títulos representativos de capital (18,8% do total da respetiva categoria), 174,3 mil milhões em obrigações a curto prazo (23,2%) e 107,7 mil milhões em obrigações a curto prazo (78,6%).
Por sua vez, a quota da carteira de investimentos emitidos por entidades de Hong Kong baixou de 11,0% para 9,0%, com o seu valor de mercado a cair 7,3% para 107,8 mil milhões. A AMCM realça que os investimentos em títulos representativos de capital e obrigações a longo prazo atingiram 38,6 mil milhões e 54,0 mil milhões de patacas, respetivamente.
Já os investimentos dos residentes de Macau em títulos emitidos por entidades nos EUA cifraram-se em 250,6 mil milhões de patacas em valor de mercado, uma subida anual de 33,6%, tendo o respetivo peso na carteira de investimentos no exterior crescido de 17,8% para 20,8%. Por outro lado, a quota do investimento em títulos europeus recuou um ponto percentual para 17,6%, apesar do seu valor de mercado ter aumentado 21,1% para 212,2 mil milhões de patacas. Entre os países europeus, os investimentos na Irlanda, Reino Unido e Luxemburgo representaram os maiores pesos, com valores de mercado de 72,4 mil milhões, 38,0 mil milhões e 36,3 mil milhões de patacas, respetivamente.
Nos títulos emitidos por países localizados ao longo de “Uma Faixa, Uma Rota” (excluindo a China), detidos por residentes de Macau, o valor de mercado (100,3 mil milhões) desceu 3,8% e representou 8,3% do total da carteira de investimentos no exterior. Por sua vez, os investimentos em países lusófonos totalizaram 948,3 milhões, envolvendo títulos emitidos por entidades em Portugal e no Brasil.
In Jornal Tribuna de Macau




