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Crise da Evergrande faz afundar vendas do mercado imobiliário chinês

Crise da Evergrande faz afundar vendas do mercado imobiliário chinês
Publicado em 12 Outubro, 2021
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As vendas contratadas dos 100 maiores construtores imobiliários da China sofreram um tombo de 36% em setembro para 759,6 mil milhões de yuan (101,8 mil milhões de euros ao câmbio atual) em termos anuais homólogos, refletindo um agravamento da espiral descendente iniciado em julho.

Um relatório da China Real Estate Information Corporation (CRIC), citado esta sexta-feira pela Bloomberg, aponta que 90% dos construtores imobiliários viram as vendas diminuírem em setembro, com 60% a reportar quebras superiores a 30% comparativamente a igual período do ano passado.

Face às atuais regras do mercado, as promotoras precisam de acelerar o desenvolvimento dos projetos, garantir a oferta, reforçar o marketing e acelerar as vendas para poderem recuperar capital no quarto trimestre do ano, apontou Lin Bo, diretor-geral da empresa de consultadoria imobiliária no relatório, de acordo com o jornal financeiro Shanghai Securities News.

“Reduzir a alavancagem vai continuar a ser o foco das promotoras imobiliárias a médio, longo prazo”, sinalizou.

Os contínuos esforços da China para arrefecer o mercado imobiliário e controlar os riscos financeiros resultaram numa forte quebra da procura nos últimos meses, apertando em particular com os promotores sobre-endividados, como a Evergrande, e desencadeando receios de que a crise da dívida do gigante imobiliário se alastre. Receios com aparente razão de ser, dado que, há dias, a Fantasia Holdings Group, empresa de média dimensão, focada no segmento dos apartamentos de luxo e em projetos de renovação urbana, falhou o pagamento de um cupão de 206 milhões de dólares aos credores.

As ações das promotoras imobiliárias chinesas estavam em queda esta sexta-feira, com os investidores preocupados com a liquidez, depois de as transações em bolsa relativas à Fantasia terem sido suspensas.

Leia o resto no Jornal de Negócios.