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China vê excedente comercial a subir mais 88 mil milhões de euros no primeiro trimestre

China vê excedente comercial a subir mais 88 mil milhões de euros no primeiro trimestre
Publicado em 15 Abril, 2025
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A balança comercial chinesa atingiu os 273 mil milhões de dólares (na denominação norte-americana), ou 240,4 mil milhões de euros, no primeiro trimestre, o que representa mais 100 mil milhões de dólares (88 mil milhões de euros) face ao excedente do primeiro trimestre do ano passado, de acordo com os dados da ING, entidade que opera no setor dos serviços financeiros.

“Estamos à espera que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China no primeiro trimestre avance 5,3% face ao ano anterior, podendo ser mesmo o mais forte crescimento do ano, exceto se houver uma reviravolta brusca em termos de condições externas e estímulos internos mais fortes do que o esperado”, considera a ING.

As exportações chinesas tiveram um crescimento de 12,4% em março, face ao período homólogo, e subiram 2,3% até fevereiro, quando comparado com o ano anterior, avança a ING. No primeiro trimestre, as exportações aumentaram 5,8% face ao período homólogo.

“Por destinos, as exportações para os Estados Unidos subiram apesar das tarifas aplicadas ao fentanil de 20%. Os dados indicam um crescimento de 4,5% no primeiro trimestre e de 2,3% nos primeiros dois meses do ano. Os importadores devem ter previsto aumentos de tarifas em abril e, por isso, aproveitaram para fazer as importações antecipadamente. Além do mais, as isenções tarifárias para encomendas que já estavam em trânsito devem suportar os dados que apontaram para um crescimento das exportações da China para os Estados Unidos”, refere a ING.

Para o destino ASEAN (nações asiáticas), as exportações chinesas aumentaram 8,1% no primeiro trimestre, suportadas pelo “forte crescimento” do Vietname, Tailândia e Indonésia. As exportações para a Índia cresceram 13,8% e para a América Latina subiram 9,6%. As exportações para a União Europeia aumentaram 3,7%, para o Japão cresceram 2,8% e para a Coreia desceram 1,7%.

Por produtos, a exportação de semicondutores da China aumentou 10,8%, as aplicações para o lar cresceram 8,7% e os monitores LCD tiveram um incremento de 8,4% no primeiro trimestre. Contudo, o calçado desceu 11,2% e o segmento de roupa caiu 1,9%, refletindo “tarifas que entraram em vigor mais cedo”, sublinha a ING. As exportações de terras raras caíram 10,9% em termos homólogos, com o “aumento dos controlos” ao nível da exportação.

“Os dados de março eram altamente antecipados, com os mercados a procurarem os primeiros sinais sobre os impactos das tarifas. Os dados mostram que, em termos gerais, as exportações mantiveram-se resilientes, mas as categorias que são facilmente substituíveis e sensíveis ao preço já sofreram impacto. Com tarifas de 145% a serem aplicadas à China, é provável que os dados dos próximos meses possam contar uma história dramaticamente diferente”, referiu a ING.


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