O regulador propõe que o processo de entrada em bolsa no estrangeiro possa ser travado se as autoridades o identificarem como uma ameaça para a segurança nacional
A China está a avançar com novas restrições para as empresas deste país que queiram passar a cotar nos mercados internacionais.
De acordo com a CNBC, o regulador do mercado chinês lançou este fim de semana uma proposta de regras que deverão guiar as empresas chinesas que queiram entrar nos mercados bolsistas estrangeiros – estão abertas a comentários públicos até 23 de janeiro.
O regulador propõe que o processo de entrada em bolsa no estrangeiro possa ser travado se as autoridades o identificarem como uma ameaça para a segurança nacional. Matérias como o investimento estrangeiro, cibersegurança e proteção dos dados servirão de critérios.
As empresas chinesas atingiram este ano um recorde de uma década no número de IPO (ofertas públicas iniciais, em português) feitas nos Estados Unidos: ao todo, 34 firmas começaram a cotar do outro lado do Pacífico em 2021.
No início de dezembro, a empresa chinesa Didi Global – a Uber chinesa – confirmou que iria sair da bolsa de valores de Nova Iorque e passar a ser negociada em Hong Kong, sem justificar a decisão. Os reguladores haviam anunciado, em julho passado, que iriam intensificar o escrutínio sobre empresas chinesas de tecnologia cotadas em bolsas estrangeiras.
Já na terça-feira passada, o Financial Times noticiava que o regulador norte-americano do mercado de capitais está a exigir uma maior divulgação de informações por parte das empresas cotadas em Nova Iorque, depois de o Governo chinês ter implementado regras que desvalorizaram em milhares de milhões de dólares algumas empresas chinesas.
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