A China anunciou esta segunda-feira que vai alargar a política de isenção de vistos a cidadãos portugueses, em estadas até 15 dias, inserindo assim Portugal numa lista que abrange já outros 16 países europeus.
O alargamento, que foi confirmado em comunicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, surge depois de, nas últimas semanas, Pequim ter incluído a Noruega, Eslovénia, Grécia, Dinamarca e Chipre na lista de países cujos cidadãos poderão permanecer no país asiático para turismo, negócios ou trânsito durante 15 dias, isentos de visto. A medida entra em vigor no dia 15 de Outubro e vigora até 31 de Dezembro de 2025.
Pequim está a tentar estimular o turismo internacional e o investimento estrangeiro, paralisados pela pandemia da covid-19, durante a qual a China impôs um encerramento quase total das fronteiras.
Em Novembro passado, o país asiático anunciou que os nacionais de França, Alemanha, Itália, Países Baixos e Espanha beneficiariam de uma isenção de visto unilateral. Em Março, alargou a política para estadas de até 15 dias a mais seis países europeus – Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo. Nos últimos meses, o país asiático adoptou várias medidas para ajudar os viajantes internacionais.
As carteiras digitais WeChat Pay e Alipay, omnipresentes na China, onde o dinheiro físico praticamente desapareceu, passaram a disponibilizar os seus sistemas de pagamento aos utilizadores estrangeiros que visitam o país, e que por vezes tinham dificuldade em utilizar determinados serviços.
Os estrangeiros que visitaram a China no primeiro semestre de 2024 mais do que duplicaram para 14,64 milhões, o equivalente a uma subida de 152,7% em relação ao mesmo período de 2023. Os dados da Administração Nacional de Imigração do país asiático revelaram que as entradas sem visto ultrapassaram 8,5 milhões, representando 58% das viagens e um aumento de 190% em relação ao ano anterior.
No entanto, o número de estrangeiros continua aquém dos registos pré-pandemia, quando a China era visitada por cerca de 15 milhões de pessoas por ano.
Source: Público