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China. Indústria contrai em setembro pela 1.ª vez desde fevereiro de 2020

China. Indústria contrai em setembro pela 1.ª vez desde fevereiro de 2020
Publicado em 1 Outubro, 2021
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Os dados oficiais do Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) e os publicados pelo Caixin, que são elaborados pela consultora britânica IHS Markit, foram divulgados no mesmo dia, devido à proximidade dos feriados do Dia Nacional da China, mostrando dois cenários diferentes do setor.

O índice dos gestores de compras (PMI, indicador que mede a evolução da indústria transformadora) do GNE revelam uma queda para 49,6 pontos, face a 50,1 pontos, registados em agosto, enquanto os dados da Caixin subiram de 49,2 para 50 pontos.

Uma marca acima dos 50 pontos significa crescimento e abaixo contração.

O responsável pelas estatísticas do GNE, Zhao Qinghe, reconheceu hoje que as “indústrias intensivas em energia” sofreram, em setembro, numa altura em que várias partes da China – por exemplo, na província de Guangzhou, um importante centro de produção – são afetadas por cortes ou medidas para racionar o uso de energia.

Esta situação ocorre devido à subida do preço do carvão, do qual depende grande parte da produção de energia do país asiático.

Zhao também apontou a subida dos preços das matérias primas, para explicar a evolução do PMI em setembro.

Os cinco subíndices com que o GNE compõe o PMI – produção, novos pedidos, reservas de matérias-primas, emprego e prazo de entrega dos distribuidores – estiveram em contração durante o mês.

A Caixin afirmou que a indústria de transformação estabilizou, em setembro, após uma “ligeira contração” em agosto.

Embora a leitura de Caixin seja um pouco mais otimista do que a do GNE, não deixa de ser a segunda pior marca nos últimos 17 meses.

Segundo Wang Zhe, economista do Caixin Insight Group, a procura doméstica aumentou em setembro – não a procura externa, afetada pela pandemia e também por problemas logísticos globais — devido aos bens intermediários e de investimento, enquanto a procura por bens de consumo permaneceu “fraca”, o que “reflete a falta de poder de compra dos consumidores”.

Fonte: Notícias ao Minuto