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CCILC realiza o China Innovation Summit em Lisboa

CCILC realiza o China Innovation Summit em Lisboa
Publicado em 11 Janeiro, 2023
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Na manhã do dia 11 de janeiro, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC), em conjunto com a Câmara de Comércio e Indústria Hong Kong-Portugal (PHKCCI) e a CW Partners Limited, realizaram o primeiro China Innovation Summit in Portugal, na sede da Abreu Advogados, sócio da CCILC.

O evento contou com uma série de experts internacionais que partilharam a sua perspetiva em relação ao atual ecossistema de inovação em Hong Kong e na China continental, as oportunidades existentes e a expetativa do mercado numa era pós-COVID-19.

Depois de uma receção com networking coffee que potenciou o contacto e interação entre participantes, o Secretário-Geral da CCILC, Bernardo Mendia, deu início à sessão e apresentou o plano da CCILC para os próximos dois anos, repletos de efemérides e iniciativas. Foi, então, dada a palavra a Thomas Wong, partner da CW Partners e patrocinadora do evento, que comprovou que Hong Kong está “back in business”, afirmando que cada vez mais, a região está a tornar-se num hub tecnológico e de inovação. De seguida, Owen Wang, também da CW, deu nota do um aumento de startups e da atividade de empreendedores em Hong Kong e na China continental, apontou a oportunidade da Greater Bay Area que caracterizou como “inovação, skills, manufactura e supply chain”.

Seguindo esta mesma opinião, Stanley Ho, que faz parte da divisão de apoio ao empreendedorismo da InvestHK, designada de StartmeupHK, interviu no painel com a temática “Hong Kong’s Start-Up Ecosystem”. Descreveu que o ano de 2022, apesar da situação pandémica, revelou um número recorde de startups presentes em Hong Kong (cerca de 3985 startups, de todo o mundo), desde 2015: “Mostra a resiliência e a ressurgência do nosso ecossistema de startups”. Referiu ainda que apesar da maioria das startups estarem no sector da fintech, existem várias noutros sectores, como por exemplo e-commerce e logística. Também demonstrou alguns programas de aceleração que podem ajudar as startups a apostar no mercado de Hong Kong. Este painel teve a moderação de Paula Kant, Directora do escritório de Bruxelas da InvestHK, que de resto, exemplificou como a InvestHK pode ser útil para as empresas e os empreendedores portugueses com interesse naquele mercado, indicando a Feedzai, apoiada por esse organismo, como uma bandeira de sucesso no respetivo mercado.

O seguinte painel denominado “How Can FinTech Firms Help Cross-Border E-Commerce Businesses?” contou com Alba Ruiz, da Alipay+, e com Diogo Brás, da Bison Digital. Ambos tiveram oportunidade de explorar as vantagens dos serviços das suas empresas. No caso da Alipay+, a plataforma de pagamentos crossboard, e no caso da Bison Digital, o investimento em criptomoedas, de forma mais segura e regulada através deste banco, num mercado conhecido por ter rápidas e grandes flutuações.

O painel final foi constituído por Pascal Coppens, sinólogo, empreendedor e autor de vários livros sobre a China e o seu ecossistema empreendedor, em conjunto com o CEO da Fábrica de Startups, António Lucena de Faria, enquanto moderador. Pascal Coppens aludiu ao facto de que o ocidente terá de saber lidar com a questão da Ásia (com a China à cabeça) se tornar na economia com maior peso no PIB mundial, e saber gerir e aproveitar essas novas dinâmicas. “O importante serão os “tradutores” e as “pontes” entre a China (e Ásia) e o resto do mundo”, dando a entender que as instituições, organizações e empresas que trabalham os mercados asiáticos, serão fulcrais para gerir esta relação de uma forma positiva. Relativamente às startups e empreendedores interessados na China, foram diversos os inputs de Pascal Coppens, desde logo, a angariação de capital e de vendas poderá ser mais rápida, comparativamente a outros países, tendo em consideração a grande escala do mercado. Por outro lado, as startups precisam de fazer dinheiro e têm pouco tempo para o fazer. “Um mercado de nicho na China, às vezes é maior do que mercados de países inteiros”, revelando ainda que as empresas precisam de foco, e de encontrar esses nichos especiais. Em termos de produto, o facto de ser estrangeiro já não é suficiente para vender facilmente na China, será necessário algo realmente diferenciador, e nesse sentido a inovação é essencial. Existe cada vez mais qualidade e informação relativamente a produtos chineses, havendo mesmo um crescente orgulho inerente dos chineses em relação a marcas e empresas chinesas. Nesse sentido há que ser realista e ter o máximo de conhecimento para poder abordar o mercado chinês, deixando ainda o conselho às empresas para serem localizadas, concentradas, e aproveitar as oportunidades existentes, num mercado que está mais amadurecido, mas ainda atrás em alguns aspectos, como por exemplo, na criação de conteúdo.

Por fim, já com a presença em palco dos partners e hosts da Abreu Advogados, Marta Trindade e Fernando Veiga Gomes, foi dado o mote para a sessão de Q&A com os presentes a colocarem diversas questões aos oradores deste China Innovation Summit in Portugal.