O Banco Mundial voltou a reduzir as previsões de crescimento económico da China para este ano e para 2023. De acordo com as previsões, a economia do país deverá crescer 2,7% este ano e 4,3% no próximo, abaixo do avançado pela entidade em setembro, 2,8% e 4,5%, respetivamente.
O banco justifica, num relatório divulgado esta terça-feira, que a previsão está “sujeita a riscos significativos, decorrentes da trajetória incerta da pandemia, de como as políticas evoluem em resposta à pandemia e do comportamento das famílias e empresas”.
Elitza Mileva, economista-chefe do Banco Mundial para a China, afirma que será necessário “um apoio contínuo”, uma vez que a economia está a desacelerar a nível global.
Em março deste ano, as autoridades tinham definido uma meta de crescimento de 5,5% para 2022, mas, no segundo trimestre, o isolamento de Xangai, a “capital” financeira do país, e de importantes cidades industriais como Changchun e Cantão, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, tiveram forte impacto nos setores serviços, manufatureiro e logístico. Em setembro, o país passou de motor de crescimento para fator de desaceleração na Ásia.