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“2025 é o Ano da Serpente, e a serpente para a China é um animal muito inteligente”

“2025 é o Ano da Serpente, e a serpente para a China é um animal muito inteligente”
Publicado em 27 Janeiro, 2025
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A embaixada da China envolveu-se em várias celebrações do Ano Novo Chinês, este ano da Serpente, que começa a 29 de janeiro. Qual é a importância da data para os chineses?

O Festival da Primavera é uma tradição milenar. Começou há milhares de anos. Começou por ser a celebração da boa colheita, de fim de ano. Por isso já constitui uma tradição milenar, cultural, e de todas as nacionalidades. É o maior Festival da China. O maior e mais importante Festival da China. E durante o Festival da Primavera todas as famílias reúnem-se. Quem trabalha fora, volta à sua cidade ou aldeia para se reunir com a família.

A comunidade chinesa em Portugal também celebra muito este festival.

Sim, porque já tem uma longa história de celebração, uma tradição trazida da China. Porque todos vêm da China e celebravam lá o Festival da Primavera como Ano Novo Chinês. E na China começamos o ano sempre com o Festival da Primavera.

Este é o Ano da Serpente. Qual é a simbologia desse signo chinês?

A serpente também se chama pequeno dragão. Pequeno dragão porque o dragão é um símbolo de poder, de riqueza e de muita importância. E o pequeno dragão também quer dizer que serpente está relacionada com algo de dragão. Mas a própria serpente para a China é um animal muito inteligente, muito hábil. Também durante este Ano da Serpente pode-se conseguir coisas muito fluidamente, felizmente.

Qual é o seu signo?

Dragão [risos].

Afirmou que o Ano da Serpente é auspicioso para os chineses. Está otimista com 2025 para a China, a nível do crescimento económico e não só?

Sim, 2025 é um ano muito importante para a China. Porque vai terminar o 14.º Plano Quinquenal da China e vai começar o 15.º. O que quer dizer que vamos fazer um plano novo, baseado na realidade atual. Um novo plano, a refletir a nova meta, adotada a partir de 2022 com a celebração do 20.º Congresso do Partido Comunista da China, de realização da modernização com características chinesas. Vamos construir a China como um país moderno, como um país desenvolvido, com conceitos novos.

O objetivo é 2049? 

Sim, 2049, quando a República Popular da China cumprir 100 anos. Vamos realizar essa meta.

Como estão as relações entre Portugal e a China?

São muito boas. Consideramos que é uma das melhores relações entre a China e um país da Europa. Politicamente as partes confiam uma na outra. E economicamente complementam-se. Ambas as partes têm também a vontade de ampliar e aprofundar a cooperação. O volume comercial anual entre os dois países chegou a nove mil milhões de euros. Um crescimento de 6%, mais ou menos. E temos um investimento de 12 mil milhões de euros.

Em dezembro do ano passado, assinalaram-se os 25 anos da devolução de Macau à China. Como está a decorrer o processo de integração de Macau na China?

Dizemos que o regresso de Macau à China constitui um exemplo. Um exemplo entre países para resolver um problema de soberania através de negociações pacíficas. E depois do regresso  de Macau à China, Macau teve uma trajetória muito fluida, muito feliz de desenvolvimento. Afortunadamente, a parte portuguesa apoia “um país, dois sistemas”. Apoia o desenvolvimento de Macau. Por isso, Macau é um exemplo, um caso de sucesso. Ao contrário de Hong Kong. Em Hong Kong não acontece tão fluidamente.  A grande razão é que Portugal tem uma atitude muito justa, muito objetiva, para que Macau possa desenvolver-se à sua maneira. E não cria obstáculos. Isso é importante.

Morreu esta semana o general Rocha Vieira, que foi o último governador de Macau. Tiveram muito contacto nos anos recentes em Lisboa. Que memória guarda do general Rocha Vieira?

Sim, mantivemos muitos contactos. Era muito boa pessoa. Contribuiu muito para o sucesso do regresso de Macau à China e também para a continuidade da cooperação entre a China e Portugal através de Macau. É uma pena.

Diário de Notícias