
A China está a consolidar a sua liderança global no setor das energias limpas. Segundo o Global Energy Monitor, o país instalou, num único ano, mais capacidade eólica e solar do que toda a energia renovável atualmente em funcionamento nos Estados Unidos.
Novos dados indicam que os EUA já se encontram atrás na corrida para dominar o setor. A lei de gastos aprovada em julho pelo presidente Donald Trump reduziu os créditos fiscais para projetos eólicos e solares, medida que, segundo especialistas, poderá encarecer a eletricidade e travar o crescimento das energias renováveis, favorecendo a utilização de gás natural mais caro.
Enquanto isso, a China está a construir 510 gigawatts de capacidade adicional, que se juntarão aos 1.400 GW já em operação, cinco vezes mais do que a capacidade instalada norte-americana. Para Li Shuo, diretor do centro climático da China no Asia Society Policy Institute, esta diferença significa que “o jogo já está decidido”.
Nos Estados Unidos, as energias renováveis representam a maioria da nova eletricidade instalada e 85% dos projetos na fila de licenciamento. No entanto, análises do Rhodium Group apontam que a nova lei poderá reduzir para metade a expansão prevista na próxima década, substituindo energia limpa por gás e dificultando o fornecimento a setores estratégicos como centros de dados e fábricas de semicondutores.
Na China, a transição energética é também visível na mobilidade. Em Pequim, a presença de veículos elétricos nas ruas é predominante, e condutores afirmam que os custos de utilização representam cerca de um sexto dos de um automóvel a gasolina. Analistas consideram que o país poderá já ter atingido o pico de consumo de petróleo, embora o desafio permaneça na substituição gradual do carvão por energias renováveis.
Fontes: CNN Portugal
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