Miguel Santos foi para Pequim estudar chinês na Universidade de Língua e Cultura, mas foi nos clubes noturnos da capital chinesa que descobriu a sua vocação, tendo decidido já enveredar pela carreira de DJ.
“Estou a tentar concentrar-me mais na música”, conta à agência Lusa DJ Nigls, como é conhecido na noite de Pequim. “Se calhar, terminarei o curso depois”, diz.
O interesse de Nigls, 24 anos, pela música eletrónica surgiu “através de amigos” e por influência do irmão. Há sete anos, estreou-se como DJ, mas foi só em 2012 que começou a tocar “a sério”, em estabelecimentos noturnos de Wudaokou, a zona universitária de Pequim.
Hoje, toca quase todos os fins-de-semana no Lantern, um dos mais emblemáticos clubes ‘underground’ da capital chinesa, situado junto ao Estádio dos Trabalhadores, ícone da arquitetura socialista, erguido em 1959 para celebrar o 10.º aniversário da China comunista.
“A indústria da música eletrónica na China não está ainda ao nível da Europa”, considera o DJ português, ressalvando que “está a crescer” e deverá lá chegar “dentro de cinco anos”.
A chamada “vida noturna” é uma indústria nova na China, mas que tem vivido um ‘boom’ nos últimos anos, com ‘nightclubs’ e bares a brotar rapidamente nas grandes cidades do país.