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Chineses gastam em média 727 euros por compra em Portugal

Chineses gastam em média 727 euros por compra em Portugal
Publicado em 3 Outubro, 2019
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O valor médio por compra dos turistas não residentes na União Europeia ascendeu a 315 euros nos primeiros oito meses deste ano, o que revela um crescimento de 13% em termos homólogos, segundo dados da Global Blue.

Intocáveis, pelo menos para já, continuam os turistas chineses no que toca ao valor médio por aquisição: 727 euros, mais 9% do que nos primeiros oito meses de 2018. “Os turistas chineses são os campeões de compras a nível mundial. O turista chinês é um ‘profissional das compras’, e antes de viajar, ele já sabe onde é que vai gastar 75% do seu orçamento e o que é que vai comprar”, diz o diretor da Global Blue Portugal.

Em forte crescimento no valor médio gasto por compra estão os turistas oriundos dos Estados Unidos. Nos primeiros oito meses do ano esse montante situou-se em 646 euros, uma subida de 22%.

Também os russos aumentaram o valor médio por aquisição em 14%, ocupando o terceiro lugar entre as nacionalidades que mais despendem por compra, com um valor de 312 euros.

Os turistas angolanos ainda são os que mais dinheiro deixam no comércio português em termos de volume global, apesar de o valor médio por compra nos primeiros oito meses deste ano ter estagnado nos 254 euros.

Os brasileiros já ultrapassam os angolanos. Entre janeiro e agosto, o valor médio das compras dos brasileiros cifrou-se em 275 euros, um crescimento de 23%. “Os brasileiros têm tido taxas de crescimento fantásticas, são consumidores natos. As marcas de luxo estão a desaparecer lá e eles estão a comprar muito cá”, reforça. Maria de Lourdes Fonseca, presidente da União de Associações de Comércio e Serviços (UACS) de Lisboa, refere, como exemplo, os vestidos de noiva. “Há uma determinada linha de vestidos de noiva que os brasileiros vêm cá muito procurar Porque o ‘tax free’ acaba por lhes pagar não só a viagem como por lhes compensar grandemente, porque eles pagam lá três ou quatro vezes mais”.

Renato Lira Leite assinala que os brasileiros e angolanos realizam um maior número de compras do que os chineses ou americanos. E o perfil de lojas e produtos onde realizam as aquisições também são diferentes. “Os chineses e os norte-americanos privilegiam as grandes marcas internacionais, as lojas de luxo. Já os brasileiros e angolanos compram essencialmente produtos mais acessíveis, por exemplo em cadeias de vestuário com preços mais baixos”, detalha.

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